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SEMANA NACIONAL DE COMBATE E CONTROLE DA LEISHMANIOSE


Publicado em: 13/08/2021 00:00 | Categoria: Geral

 


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A data was oficializada and insertida in the calendar oficial brasileiro através da Lei Federal Nº 12.604 no ano de 2012 e tem o objetivo estimular ações educativas e preventivas para conscientizar uma sociedade brasileira sobre leishmanioses e alertar a população para os riscos e cuidados com a doença, além de promover apenas as políticas públicas de vigilância e controle da zoonose.

As leishmanioses são um conjunto de doenças causadas por mais de 20 espécies do protozoário leishmania e juntas provocam diferentes formas clínicas e são classificadas em leishmaniose tegumentar e visceral, onde nenhum primeiro grupo há danos de pele e mucosas e no segundo, os danos acometem principalmente no baço, fígado e medula óssea.

É considerada pela Organização Mundial da Saúde uma das doenças mais negligenciadas do mundo.

Essa zoonose tem como agente etiológico, o protozoário do gênero Leishmania , que é transmitido pela picada da fêmea de diferentes espécies de insetos vetores denominadas flebotomíneos (mosquito palha). 

As suas manifestações variam de lesões ulceradas simples e autolimitadas na pele, até uma doença visceral com manifestações graves.

Existem dois tipos de leishmanioses uma leishmaniose visceral e tegumentar.

 

Leishmaniose Visceral

 

A leishmaniose visceral é uma doença infecciosa que acomete os animais e o homem. 

Essa zoonose tem como agente etiológico, o protozoário da espécie Leishmania infantum chagasi. 

O principal reservatório do parasito em áreas urbanas no Brasil é o cão. 

O parasito é transmitido aos seres humanos e aos animais por meio do repasto sanguíneo de infectadas infectadas do inseto denominado flebótomo (palha do mosquito), portanto não há transmissão de pessoa para pessoa ou pessoa para animais ou vice-versa.

Entre os sintomas mais comuns no seres humanos estão a febre, emagrecimento, palidez e hepatoesplenomegalia. 

No Brasil é uma doença de notificação compulsória para todo caso suspeito. 

As regiões em Goiás onde ocorre o maior número de caso são as regiões norte-nordeste e o centro sul do estado.

No estado de Goiás, há uma média anual de 40 casos confirmados de leishmaniose Visceral com uma taxa de letalidade de 8%, o que representa 45 óbitos registrados no período de 2007 a 2020. 

Atinge principalmente o sexo masculino e crianças com idade entre 01 e 09 anos. Em Goiás, a maioria dos casos, os óbitos em crianças têm sido reflexos de diagnóstico tardio da doença. A redução destes indexados está ligada diretamente à detecção e tratamento precoce dos casos humanos.

O tratamento é disponibilizado gratuitamente em toda a rede pública de saúde, tendo altos índices de cura quando uma doença é detectada precocemente.

Até o presente momento, não há vacina disponível para seres humanos. Para os cães há vacina e medicamento registrado no Brasil, porém não são disponibilizados nos serviços públicos de saúde.

O uso de coleiras impregnadas com deltrametrina a 4% em cães é uma medida importante de prevenção e controle da doença adotada pelo Ministério da Saúde.

Outras medidas de controle relevantes são o controle vetorial (dos flebotomíneos) e manejos ambientais como poda de árvores e limpeza de áreas urbanas. Essas medidas de proteção coletiva englobam obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, limpeza das margens dos criadouros como os galinheiros, pocilgas e canis, melhoria da moradia e das condições de trabalho.

 

Leishmaniose Tegumentar

 

A Leishmaniose Tegumentar (LT) é uma doença infecciosa, não contagiosa, que provoca úlceras na pele e mucosas. 

A doença é causada por protozoários denominados  Leishmania .

As áreas de pele podem apresentar aspecto de úlceras, com bordas elevadas e fundo granuloso, geralmente indolor. As lesões mucosas são comuns na boca, nariz e garganta.

O Brasil concentra 40% dos casos de LT e em média, são registrados cerca de 21.000 casos / ano. Em Goiás, a média anual é de 464 casos. Os municípios com o maior número de casos são Alto Paraíso de Goiás, Aragarças, Araguapaz Baliza, Bom Jardim de Goiás, Caiapônia, Campos Belos, Cavalcante, Crixás, Jaraguá, Jataí, Minaçu, Mineiros, Montividiu do Norte, Niquelândia, Porangatu, Rio Verde, Santa Helena de Goiás e Uruana.

 

Acomete mais o sexo masculino (70,3%), há predomínio da forma cutânea com 91,2% dos casos e afeta mais os trabalhadores ligados a atividades agropecuárias.

 

É uma doença de notificação compulsória para casos confirmados. 

À medida que os leishmanios continuam sendo um desafio para os programas Nacional e Estadual, pois requer integração intersetorial e esforço técnico político para desenvolvimentos de vigilância, prevenção e controle robustos. 

Além disso, o controle da doença é um desafio, pois nas Américas, existem diversos ciclos, diferentes espécies de leishmanias e de vetores de transmissores da doença.

As medidas de prevenção individual englobam medidas de proteção individual, como o uso de repelentes e evitar a exposição nos locais de atividades do vetor (crepúsculo e noite) em ambientes onde este habitualmente pode ser encontrado. 

Outras medidas de controle relevantes são o controle vetorial (dos flebotomíneos) e manejos ambientais como poda de árvores e limpeza de áreas urbanas. Essas medidas de proteção coletiva englobam obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, limpeza das margens dos criadouros como os galinheiros, pocilgas e canis, melhoria da moradia e das condições de trabalho.

Os medicamentos para tratamento da LT são disponibilizados pelo Ministério da Saúde. A partir do ano de 2020 foi incluído na lista de medicamentos, um medicamento oral, uma miltefosina. Em Goiás, esse medicamento está sendo disponibilizado no Centro de Referência da doença, o HDT- Hospital de Doenças Tropicais para alguns grupos específicos e estamos implantando a técnica do tratamento intralesional, onde há administração local do medicamento mais utilizado no tratamento convencional, o antimoniato de meglumina.


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