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Sanidade Animal

Alerta


Publicado em: 13/09/2022 08:00 | Fonte/Agência: Assessoria de Comunicação | Categoria: Sanidade Animal

 


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CRMV-GO  orienta conduta a ser adotada quanto a petiscos contaminados

Em Goiás,  quatro casos suspeitos  de intoxicação de cães estão sendo investigados. Um cachorro morreu após consumir o petisco.

A Polícia Civil de Goiás investiga quatro possíveis casos de intoxicação de cães causados, supostamente, por petiscos da fabricante Bassa Pet Food. Um dos casos envolve a morte de um cão da raça spitz alemão.  Os casos suspeitos podem ser registrados na delegacia do Consumidor ( Decon), responsável pelas investigações. De acordo com o delegado titular, Webert Leonardo, os petiscos, possivelmente contaminados, estão sendo analisados pela Polícia Científica.

“O Etilenoglicol provoca uma intoxicação aguda, pois o corpo, humano ou animal, não consegue lidar de forma adequada com a substância, por isso ela é absorvida e, durante a tentativa de metabolização, há a produção de danos que podem ser permanentes. É importante que os tutores, portanto, fiquem atentos aos sintomas e procurem orientação médica-veterinária com urgência”, explica Ingrid Bueno,  médica-veterinária e Vice-Presidente do CRMV-GO.

A primeira fase da intoxicação ocorre entre uma e três horas após a ingestão do produto contaminado e é caracterizada por sintomas de “embriaguez”, em que o animal apresenta um andar cambaleante. Passada esta fase, a partir de cerca de quatro horas após a ingestão, o animal apresentará um quadro de depressão. “Ele ficará amuado, com dificuldade de caminhar, deprimido e, por vezes, agressivo. Esta fase afeta o sistema nervoso central, tendo como sintomas também a queda da temperatura corporal e taquipenia – respiração rápida e rasa, ofegante. Nas duas primeiras fases é comum o animal ingerir bastante água,” pontua Ingrid.

Óbito pode ocorrer em menos de 72 horas

O  quadro poderá evoluir para insuficiência renal, contribuindo para agravamento da intoxicação do organismo de forma rápida. Em menos de 72 horas, o animal poderá vir a óbito.

Conduta clínica

Buscar auxílio de um médico-veterinário assim que o tutor identificar ou suspeitar de intoxicação pelos petiscos contaminados será de suma importância para tentar reverter o quadro e evitar o óbito do animal. É importante levar o pacote do petisco para facilitar a análise do médico. Aos profissionais é indicado incluir na anamnese, o questionamento a respeito do contato com a sustância ou a ingestão dos produtos Every Day sabor fígado (lote 3554) e Dental Care (lote 3467) da marca Bassar Foods.

Tratamento
Ingrid  reforça que o tipo de tratamento  dependerá  dos sintomas e da proporção dos danos nos órgãos hepáticos, principalmente os Rins. Sendo aconselhável que o veterinário prescreva o melhor método condizente ao diagnóstico, que pode ser de internação ao recurso de hemodiálise.

 

Importância da necropsia

Nas situações em que o quadro do animal evoluir para óbito, a perícia médica-veterinária será de extrema importância como prova para confirmar a causa da morte e o delito. Nesses casos a necropsia identificará as lesões características provocadas no organismo pela ingestão de determinada substância presente nos produtos em quantidade elevada e tóxica aos animais. Somente com a realização do procedimento será possível a abertura de processo cível ou penal.

Processo criminal

Para a abertura de processo criminal  é importante que o tutor seja orientado a realizar o registro de boletim de ocorrência e a aguardar que um perito vá até o local do óbito do animal ou que haja orientação para encaminhar o corpo para necropsia em um serviço oficial.

Sobre o caso

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) investiga 14 casos de óbitos de cães de pequeno porte com indícios de intoxicação pela presença de Etilenoglicol em petiscos produzidos pela empresa Bassar Foods por Etilenoglicol, conforme laudo preliminar da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

De acordo com o Ministério, todos os produtos em estoque na fábrica foram apreendidos como medida preventiva. A empresa paralisou a produção e já notificou os estabelecimentos comerciais que adquiriram os petiscos para que recolham os itens e suspendam a venda. Fiscais federais agropecuários também atuam para que itens identificados ainda à venda em petshops e casas de ração sejam retirados de comercialização. Aos tutores, a recomendação é suspender o uso de qualquer lote e devolver o produto no local em que foi adquirido.

Assessoria de Comunicação CRMV-GO 


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