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Geral

Animais de Laboratório


Publicado em: 05/06/2018 00:00 | Categoria: Geral

 



O 15° Congresso da Sociedade Brasileira da Ciência em Animais de Laboratório (SBCAL) e o Congresso International Council for Laboratory Animal Science serão realizados, de 16 e 19 de junho,  no Centro de Eventos da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia-GO. O evento tem o apoio do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Goiás (CRMV-GO). Segundo a médica veterinária, professora Dra. Ekaterina Akimovna Botovchenco Rivera, presidente do SBCAL e também da Comissão de Bem-estar Animal do CRMV-GO, essa é uma área carente de profissionais qualificados, mesmo com a Lei 11.794/08 (Lei Arouca, que completa 10 anos este ano), que rege a experimentação animal e que exige a presença de profissionais capacitados para exercerem a função de responsáveis técnicos (RTs) nesses locais.

 

Hoje, cerca de 60% dos animais usados em pesquisa são ratos e camundongos e 22% são aves. Esses animais são importantes fontes de estudo e pesquisas para o desenvolvimento de vacinas, como a recente vacina contra a dengue lançada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e novas descobertas para a cura ou controle de doenças na medicina e medicina veterinária.

 

Para Ekaterina, é preciso que o médico veterinário ou zootecnista que trabalha na área de ciência de animais de laboratório faça uso ético dos seres vivos usados em pesquisas, sempre pesando os benefícios desse trabalho para a sociedade, evitando causar efeitos adversos nos animais. A meta da Ciência de Animais de Laboratório é ajudar os pesquisadores a realizar pesquisas biomédicas e agrárias sempre pensando no bem-estar dos animais e na obtenção de dados científicos confiáveis, o que se traduz em uma melhor qualidade de vida para os homens e os animais.

 

 

As diretrizes para o uso de animais de laboratório são norteadas pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA) e todos os projetos que envolvem animais precisam ser aprovados por uma comissão de ética no uso de animais. Deve-se constar nesses projetos informações sobre médico veterinário responsável técnico devidamente registrado no CRMV.

 

 

O profissional que deseja atuar com animais de laboratório deve conhecer a biologia e a etologia da espécie animal com a qual ele vai trabalhar para evitar o manejo inadequado que pode gerar maus tratos por falta de informação. Sabe-se que o conhecimento obtido apenas na graduação em Medicina Veterinária ou Zootecnia não é suficiente para atuar com determinadas espécies, que possuem necessidades específicas.

 

 

Camundongos, por exemplo, são diferentes de ratos, de hamsters e de outros roedores. Portanto, conhecer a fundo a biologia do animal significa aproveitar melhor todos os dados que a pesquisa pode oferecer e garantir o bem-estar dos animais. Atualmente é possível fazer pesquisa sem causar dor e sofrimento aos animais, pois todos os projetos seguem rigorosos princípios éticos que regem o uso de animais em pesquisa, ensino e testes, como explicou a presidente da Comissão de Bem-estar Animal do CRMV-GO.

 

A programação do evento procurou contemplar o maior número de áreas nas quais animais são utilizados em pesquisa, ensino e testes como: responsável técnico em biotérios, patologia de animais usados em pesquisa, leis e animais, bem-estar na experimentação com animais de produção, dor e sofrimento de animais em pesquisa e alternativas ao uso de animais. Foram convidados palestrantes nacionais e internacionais de renome que trabalham nas mais diversas áreas, como Pat Turner, presidente da Associação Mundial de Veterinária, Kathryn Bayne, diretora do Serviço de Acreditação Internacional (AAALAC) e Bryan Howard, ganhador dos maiores prêmios na área da Ciência de Animais de Laboratório. Veja mais informações sobre este evento em www.sbcal2018.com.br.

 

O tema central do congresso será: Um continente em busca de uma melhor ciência  - uma visão transdisciplinar.


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