Presentes e mensagens carinhosas são importantes. Ainda assim, respeito, reconhecimento e valorização dos direitos de todas as mulheres é primordial.

Hoje, dia 8 de março, é celebrado o Dia Internacional da Mulher. Oficialmente, essa data foi instituída em 1975, pela Organização das Nações Unidas (ONU), mas a história da data começou há mais de 100 anos, a partir de uma série de eventos em diferentes lugares do mundo. Na época, as condições precárias de trabalho e a desigualdade econômica e política levaram milhares de mulheres às ruas para lutar por seus direitos.

História da data

Não há um evento específico que explique sua origem: a data nasceu de um conjunto de movimentos no final do século 19 e começo do século 20 contra as péssimas condições de trabalho às quais as trabalhadoras eram submetidas. 

Além de reivindicar “o mínimo de dignidade”, elas lutavam contra o trabalho infantil, já que era comum que até mesmo seus filhos passassem por situações similares. Mesmo sem explicar a criação da data, o incêndio na fábrica norte-americana trouxe à tona as más condições vividas nas indústrias. No Brasil, operárias também enfrentavam ambientes de trabalho semelhantes. 

Os principais eventos históricos que deram origem à data podem ser listados como:

1. Mulheres protestam nas ruas de Nova York (1909): Cerca de 15 mil mulheres saíram às ruas reivindicando melhores condições de trabalho.

2. Incêndio em fábrica de Nova York (1911): O incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist Company vitimou 125 mulheres, entre 13 e 23 anos.

3. Russas vão às ruas contra a guerra (1917): Cerca de 90 mil mulheres foram às ruas com o lema “paz e pão”, pedindo comida para seus filhos e o retorno dos maridos das trincheiras.

Importância da data na atualidade

Ainda que homenagens e presentes carinhosos sejam importantes, o Dia da Mulher deve ser pautado em lembrar e celebrar as conquistas políticas e sociais femininas. Bem como, também é um chamamento para a construção de ações afirmativas contra a misoginia e a favor da equidade de gênero para o presente e futuro.

O Dia Internacional da Mulher não é a pregação da supremacia das mulheres em detrimento aos homens, mas sim, um convite extremamente necessário para toda a sociedade refletir sobre diversas questões, como violência de gênero, representatividade feminina, desigualdade econômica e social, direitos fundamentais e espaço das mulheres no mercado de trabalho.

Medicina Veterinária e Zootecnia

Desde a década de 1970, o número de mulheres na Medicina Veterinária aumenta progressivamente no Brasil e no mundo. Hoje, são 111.086 médicos veterinários atuantes no Sistema Conselho Federal e Regionais de Medicina Veterinária (CFMV/CRMVs). Destes, 57.270 são homens (51,55%) e 53.816 são mulheres (48,45%).

Até a metade do século 20, havia predomínio absoluto de estudantes do sexo masculino. De 1.122 médicos veterinários diplomados até 1952 no país, apenas 14 (1,2%) eram do sexo feminino. Já em 2000, as mulheres ultrapassaram os homens em número de inscrições primárias no Sistema CFMV/CRMVs, somando mais de 50% dos novos inscritos.

A participação da mulher sempre foi importante no desenvolvimento das diversas sociedades. Na Medicina Veterinária e Zootecnia não é diferente. As mulheres estão conquistando cada vez mais espaço e os números mostram um avanço significativo da participação feminina nas universidades e no mercado de trabalho. Seja qual for a área de atuação, as médicas-veterinárias e zootecnistas sempre terão um destaque especial!

Atualmente, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Goiás (CRMV-GO)possui inscritas 4.037 profissionais médicas-veterinárias e zootecnistas que fazem a diferença e contribuem diariamente para a evolução das profissões no estado de Goiás. As áreas de atuação das profissionais variam desde as clínicas veterinárias, saúde pública, campo e locais de produção, salas de aula, pesquisas científicas até à gestão de diversas entidades e estabelecimentos. 

Uma homenagem do CRMV-GO a todas as mulheres da sociedade!

Fontes: CFMV,  Forbes e Cresol.