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Doenças articulares em animais domésticos
O que são
Assim como os humanos, animais domésticos também podem desenvolver doenças articulares. Essas enfermidades, como o próprio nome diz, atacam as articulações, provocando o desgaste das cartilagens, alterações nas extremidades ósseas, bursas, tendões, ligamentos e na membrana sinovial, que é responsável pela lubrificação das articulações.
Vale ressaltar que a articulação é a união de dois ou mais ossos que tem a função de sustentar o peso, dar estabilidade e ajudar na locomoção. Com o envelhecimento, as doenças articulares degenerativas se tornam mais comuns.
As doenças articulares podem ser divididas em duas categorias: agudas e crônicas.
O tipo agudo engloba aquelas que incidem de forma acelerada e intensa, e por isso, precisam de tratamento no momento em que a doença começa até o momento da cura.
Já o tipo crônico não possui cura imediata, mas pode ser apenas controlado por meio de medicação e alimentação. Os sinais clínicos começam de maneira menos intensa, mas são contínuos.
Dentro das doenças crônicas, existem também as doenças articulares degenerativas que podem afetar seriamente o local ou outras regiões mais próximas. Mas, na maioria dos casos, os efeitos podem ser retardados ou controlados.
As doenças articulares devem ser tratadas, uma vez que, de médio a longo prazo, resultam em problemas graves e afetam significativamente a rotina e o bem-estar dos pets, por isso, o acompanhamento veterinário é fundamental.
Confira as afecções que mais acometem cães e gatos, com efeitos que variam de curto a longo prazo. As enfermidades também possuem predileção por certos nichos, com sintomas e causas diferentes. São elas:
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Artrite;
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Osteoartrite;
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Osteocondrose;
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Tendinite;
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Doença Degenerativa Articular;
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Tenossinovite;
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Necrose Asséptica da Cabeça do Fêmur;
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Displasia Coxofemoral.
Principais causas
As doenças articulares em animais domésticos possuem as mais diversas causas, variando de acordo com cada tipo de enfermidade e paciente. As mais comuns são:
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Hereditariedade e desgaste por envelhecimento natural;
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Traumas e/ou fraturas;
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Obesidade;
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Alimentação inadequada;
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Postura inadequada;
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Movimentos repetitivos;
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Estresse;
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Luxação ou subluxação articular;
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Deformidade angular;
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Defeitos de conformação.
Sintomas e Diagnóstico
Reconhecer os sinais clínicos é essencial para um diagnóstico junto ao médico veterinário para o tratamento. Sendo assim, fique atento se o seu amigo de quatro patas apresentar:
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Dificuldade de locomoção;
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Desconforto ou dificuldade para beber água ou comer;
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Claudicação;
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Dor;
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Inchaço ou vermelhidão ao redor da inflamação;
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Fadiga;
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Febre;
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Limitação da amplitude de movimentação;
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Mudança no comportamento.
Para diagnosticar as doenças articulares em cães, o médico-veterinário pode fazer uso de diversas técnicas. Porém, independente da escolha, é fundamental que o método seja associado aos sinais e sintomas clínicos, assim como aos resultados da análise do líquido sinovial.
A anamnese completa deve ser o primeiro passo do profissional. Então é preciso se atentar a raça, idade, sexo, já que algumas doenças articulares são mais comuns em certos nichos de população.
Também precisam ser investigados os hábitos, o habitat dos cães, se tiveram doenças e tratamentos anteriores. Assim como o peso, aumento de volumes, tremores, enfim analisar seu estado geral.
Depois, é preciso realizar a inspeção visual e alguns testes locomotores específicos, como exames físicos nos quatro membros.
Tratamento
As formas de tratamento para as doenças articulares dependerão de diversos fatores, como o tipo da doença, as causas, características do paciente, dentre outros.
Dessa forma, apenas o médico-veterinário poderá avaliar qual o melhor tratamento. Por isso, não deixe de fazer o acompanhamento veterinário do seu pet.
Prevenção
Não há uma maneira específica para evitar que o seu pet tenha alguma doença articular, já que o desgaste nas articulações podem acontecer naturalmente ou em situações de acidentes.
Entretanto, para fortalecer a musculatura do animal, você pode experimentar realizar atividades físicas leves com ele, alimentação e suplementação específicas, e, claro, consultas preventivas com o médico-veterinário.
Fontes: Droga Vet, Shop Veterinário.